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terça-feira, 30 de novembro de 2010

UM BEIJO

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, que abandonou os cursos de medicina e direito para se dedicar à poesia. 



UM BEIJO

Foste o beijo melhor da minha vida, 

ou talvez o pior...Glória e tormento, 
contigo à luz subi do firmamento, 
contigo fui pela infernal descida! 

Morreste, e o meu desejo não te olvida: 
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, 
e do teu gosto amargo me alimento, 
e rolo-te na boca malferida. 

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, 
batismo e extrema-unção, naquele instante 
por que, feliz, eu não morri contigo? 

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, 
beijo divino! e anseio delirante, 
na perpétua saudade de um minuto...
Olavo Bilac

sábado, 20 de novembro de 2010

INFÂNCIA




MEUS AMIGOS (AS)
Bons tempos aqueles, brincávamos de verdade,era brincadeira de esconde, esconde,

pega, pega, andar de bicicleta, (tomei tanto tombo hehehe) tomar banho de rio.
Éramos felizes! Não sabíamos que ao crescer perderíamos toda essa magia.
As crianças de hoje vivem num mundo artificial, cheio de violência, boa parte dos amigos dessa hera de conhecimentos são virtuais.Internet, controle remoto, jogos de playstation,tudo isso as levará ao sedentarismo e obesidade. 
Na minha época éramos crianças ativas e sadias.
Da saudade e tristeza olhar para trás lembrar dos amiguinhos
que fizeram parte da minha infância. Alguns tenho noticias, outros já partiram.
Foram morar com Deus.


INFÂNCIA
Minha infância, que saudade!
Tempos idos, tempos que lá se vão.
Lembrar disso tudo da saudade
das brincadeiras inocentes,
pés descalços no chão.
Lembro da minha tia, Esmeralda
tirando água na cacimba
colocando roupa no varal.
Lembro das frutíferas árvores no quintal
o meu pai querido reclamando
porque nelas eu subia.
Ele dizia e repetia
desce daí menina, eu vou te bater.
Eu já descia chorando, e me danava a correr.
Lembro
Da minha mãe com um vestido florido
contando historia à luz de candeeiro.
Das brincadeiras de mãe e de comidinha.
Ao lado morava Dona Regina a vizinha
coitada! Reclamava o telhado quebrado
pelas pedras que eu havia jogado.
As empregadas que não me agüentavam
Que iam embora, pois não suportavam
a minha implicância e rebeldia.
Recordo as brigas com o meu irmão
que diariamente acontecia.
Lembro nossa inocência e crendices olhando o céu
esperando a invisível cegonha que não vinha.
E no natal os brinquedos, que nosso pai dizia
Ter sido presentes dados por Papai Noel.
Como é bom lembrar da nossa infância querida
Um pedaço do passado que ficou.
Parte boa da minha vida.
Que saudade!...
Dalva Nascimento

terça-feira, 2 de novembro de 2010

ÊXTASE




Minha boca anseia por teu beijo.
Estou tremula faminta a sussurrar.
Vem, sacia meu desejo.
As minhas pernas escancarar.

Palavras sem nexo
Pálpebras cerradas, côncavo e convexo
Tu e eu, devagarzinho encaixando
Nossas mãos entrelaçando.

Vem... Mordisca minha orelha
Beija-me, alimenta a centelha
desse fogo a começar
pra no gozo acabar...

Tua língua em movimentos na minha boca
Desejo aflora à pele
Eu louca, muito louca
Cega no deslumbre dele...
Dalva Nascimento
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