Tu, estranha visita, que bate à minha porta sem que eu te chame.
Que invade meus momentos, minha vida, sem que eu te permita entrar.
Tu, que vens para me angustiar a vida, para reacender a chama que quero apagar.
Mas com a sua presença, se faz fumegar.
Basta um pensamento, e de repente tu estás presente para me corroer de tristeza e amargura.
Tu, que não te chamo, mas que teima em me visitar.
Tu, que és um sentimento abstrato.
Tu, que és o retrato, do que quero esquecer.
Tu que tens o dom de nos trazer lembranças de momentos bons, mas que também pode nos abranger de momentos maus.
Tu, abominável inimiga, ou querida amiga.
Tu és... a saudade.
Autora: Dalva Nascimento
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